os sons são estes os que nos rondam
impregnados de indecisões
quase maledicentes
uma janela que se abre a qualquer céu
sujeita-se aos vermelhos estonteantes do mundo
nesta terra de ninguém
somos donos dos vazios e, no mergulho
daquele mar, permanecemos repletos de outros sons
habitantes do canto mais profundo
do entardecer nosso de cada dia