7 de nov. de 2006



A briga insana, no fundo-meio da terra, desfazendo reino em barro.
Trago-te tantos deuses coloridos e nem chegas a saber de que lado vem a sorte.
Apenas sabes das mortes. É pouco.


A terra é forte. Não sentiu os meus medos na ponta dos dedos, não experimentou o movimento, nem o que é suave do amor, tudo junto em ondas, fortaleza, furacão.
Um extremo de estrelas bem perto do chão.

O desespero era algo por satisfazer carne-alma nua.
Nada ameaça a força, hoje, livre por amor. Outro dia longo, enganando a energia que toma conta de cada pedaço que vive.
Tenho toda a força do mundo ao meu redor. Aqui.
Força feita do número um, da escola mais rígida da casa, minhas irmãs, do andar mais elevado dos erros.

Surge o desfecho para um enredo não começado, escasso momento de olhos cruzados, o segundo, a escolha e a fera ferida.
Alimento o fim com imagens, para acabarmos sem os nomes ligados em algum lugar no tempo. Alimento com sorte, meia face da morte. Ávida de vida lenta e breve. Eu vou. Escolho o amor de novo e sempre.

Desvendei pedaço da estranheza.
Prestes a ser dona do meu lar: "que rei me beberá?"



Escrito por Leila Andrade 3:31 PM

 
<BODY>