27 de nov. de 2006
"Corroendo
As grandes escadas
Da minha alma.
Água. Como te chamas?
Tempo."
(Hilda Hilst)
Antes que o mundo esqueça da minha figura (ainda um esboço), risco mais forte o meu papel, aquele de dentro, onde ninguém consegue ver. Sinto minhas próprias linhas densas, breves e verdes. Espremo o sumo até molhar o corpo. O melhor é bem fundo, perto da semente. Não desanimo o solo, ele segura firme os meus pés.
Há esta busca em brasa, de altos e baixos: profundezas e superfícies.
Há o constante e o que não é fácil à pele: abismo do desdito.
Há tantos dias imensos...
28 de novembro, dia de aniversário: aproveito para agradecer ao universo pelo ano, primordialmente, por ter tal qual um oráculo, revelado grande parte do meu próprio abismo e me feito mais forte.
Agradeço, num grito verdadeiro, a presença valiosa dos amigos, aqui e ali, sempre!!
O que seria de mim? Um sopro que se esvai.
Hoje aqui:
http://www.focando.jor.br/?p=213
o que ainda não sei do amor
Escrito por
Leila Andrade 10:08 PM