1 de dez. de 2006
La petit mort
por Wesley Peres
A pequena morte mora em cada movimento silencioso de cada órgão, e as sinapses enredam as distrações para que o homem não saiba disso. Máquina, uma boa metáfora para o corpo, um consolo — algo como acreditar que o sol-posto tem qualquer coisa a ver com a vida. Oxigênio e analogias, tudo o que se precisa para manter de pé a simulação necessária entreposta entre os olhos e o sol ensurdecedor da pequena morte silenciosa. O pensamento mais racional, sua concatenação mais rigorosa é farpa macia diante do calmo abismo de materializar a morte entrededos. Ter entrededos o corpo inerte de alguém inscrito no vento ósseo da memória, a isso chamo tomar consciência, não sináptica, mas consciência carnal, nodular, óssea.
A pequena morte, sal para que o corpo contamine de vísceras o mais abstrato dos deuses.
Texto do meu amigo Wesley Peres:
http://salafernandopessoa.zip.net/index.html
Escrito por
Leila Andrade 6:55 AM